quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O impacto digital dos media no Brasil


No Brasil há cerca de 32,1 milhões de internautas, com base nisso há um grande número de usuários de ferramenta Web2.0 . Os brasileiros passam mais tempo conectados na web (em todo o planeta mais ou menos 24 horas de uso), fazem mais uploads de fotos do que os EUA e Inglaterra, possuem a maior base de MSN com 35,210 milhões de usuários.
Não é mais novidade que o brasileiro se posicionou como grande consumidor de internet, sabemos que em média nossos internautas ficam três vezes mais navegando do que assistindo televisão. Cansados de serem manipulados e da postura passiva que adoptavam diante do media convecional, aderiram aos meios interactivos. Até a publicidade se dar conta disso e começar, aos poucos, a direccionar as suas verbas e ações para este novo meio.
Quando tudo parecia estar tomando um rumo novo, abrindo aos passivos telespectadores a oportunidade de reflectir sobre os factos que rodeiam as suas vidas e o impacto que isso causa, a mais poderosa força mediática decide retomar o seu trabalho.
O facto é que a internet foi adoptada muito rápidamente pelos brasileiros.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Power Point Is Evil - a "euforia multimédia"

Olá a todos,

voltamos à problemática exposta nos posts anteriores: a forma como as ferramentas tecnológicas nos condicionam. Mas será tudo assim tão linear? Note-se que vivemos na era da imagem, na qual o ser humano tende a sobrevalorizar a forma em detrimento do conteúdo. Como é tudo tão imediato o primeiro impacto passou a ser mais tido em conta e,neste sentido, não há nada melhor do que um bom layout para impressionar os incautos. É óbvio que este é um cenário assustador, mas demasiado realista. Porém não diabolizemos as ferramentas tecnológicas: criadas pelo Homem para servir o Homem. Ao fazê-lo estamos a desresponsabilizar-nos para com o tipo de utilização que fazemos das mesmas.


Neste âmbito, Edward Tufte revela-se como sendo um crítico fanático, na medida em que faz uma analogia entre os "bullets" ,que são utilizados em tópicos da ferrramenta power point, com os "bullets" bélicos de um regime opressivo como o de Estaline. Enquanto trocadilho linguístico devemos confessar que até tem uma certa piada, enquanto crítica cai forçosamente no exagero. O mesmo autor ,no artigo que dá o nome ao post - power Point Is Evil -, chama a atenção para a banalização e simplificação do ensino, facto que considera ser consumado através da utilização desta ferramenta. Mas será que a culpa não será antes do criador dos respectivos slides que substituí o seu discurso por uma apresentação multimédia, em vez de a utilizar como complemento ao seu trabalho?

A propósito desta questão também o falecido cronista do jornal Público - Eduardo Prado Coelho (1944-2007) - se insurge contra a má utilização das ferramentas multimédia. De acordo com o mesmo,uma apresentação parca de ideias nunca poderá ser camuflada por aquilo que chama de "euforia digital". Nada mais verdadeiro!

Quantas vezes não damos por nós diante de um péssimo orador, que se limita a ler os tópicos que escreveu à pressa em cada slide? Será que a culpa disto é mesmo do "terrível" power point? Não seria mais racional responsabilizar, antes, esse orador que talvez não esteja a fazer a utilização mais adequada desta ferramenta de trabalho?


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Powerpoint Makes You Dumb


Clive Thompson, divulga as desvantagens - na sua perspectiva - acerca do Powerpoint da Microsoft.


Para o autor, o Powerpoint é uma ferramenta com que muitos estudantes e mesmo profissionais actuam para não demonstrar a sua falta de conhecimentos sobre o tema em análise. Em média, cada slide, não possui mais do que 40 palavras, correspondendo a oito segundos de leitura. Assim sendo, a apresentação nunca é verdadeiramente profunda mas sim superficial. Thompson baseia a sua crítica num estudo feito por Edward Tufte concluindo ainda que o Powerpoint transforma uma apresentação numa atitude comercialista e não de efectiva exposição intelectual.


A verdade, é que hoje em dia são muitos os oradores que optam por esta ferramenta de apresentação. Se esta pode ser usada como "bengala" de quem possui uma fraca capacidade de comunicação e exposição, por outros, também é usada como uma forma interactiva de expôr conhecimentos e de captar o interesse do seu público.

domingo, 18 de outubro de 2009

Is google making Us stupid?




" Not reading in the traditional sence". Nicholas Carr no seu texto " Is google making us stupid?", oferece-nos uma visão ampla sobre o caminho das novas tecnologias e das ferramentas que lhes pertencem. A expressão que retirámos do texto chamou-nos à atenção, e é por esta que iremos iniciar o nosso post de hoje.
Certamente não conseguirão entender a expressão isoladamente, no entanto no contexto em que está enquadrada é bastante perceptível. O autor, defende que é claro para todos os utilizadores da internet que a forma como lemos um jornal tradicional não se assemelha de todo à forma como percepcionamos e exploramos os textos online. Efectivamente, esta ideia parece estar assente para todos nós. Todavia, devemos estar alerta para uma mudança nas nossas formas de " ler" e interpretar, a que Nicolas Carr define como " Power Browse": é como se um novo motor de busca entrasse dentro do nosso cérebro e o orienta-se de forma distinta para os diferentes textos apresentados, quer online quer tradicionalmente. Ainda assim, o autor vai mais longe, e afirma que por vezes trabalhamos online para evitar a forma tradicional de o fazer. Será esta a atitude que devemos ter? Por um lado poderá tornar-nos absolutamente dependentes das ferramentas web, por outro temos de acreditar que o futuro irá seguir neste sentido.
Entendemos que pode haver informação boa e últil na internet, se todos em conjunto trabalharmos para esse objectivo. Se pensarmos nos media online( tema anteriormente discutido neste blog), conseguimos encontrar várias vantagens e será até discutível( neste caso particular) se a forma de leitura em web se diferencia tanto da forma tradicional.
Concluindo, pensamos que nos dias de hoje o equilíbrio entre o tradicional e as ferramentas web deverá ser o mais razoável e pertinente.

sábado, 17 de outubro de 2009

Era da informação e ferramentas web 2.0

O seguinte vídeo ilustra as potencialidades que as ferramentas web 2.0 poderão proporcionar ao utilizador comum. Com efeito, este vídeo aborda de forma sucinta a evolução dos cuidados de saúde até aos dias de hoje. Qualquer indivíduo que tenha a possibilidade de aceder à internet poderá esclareçer, gratuitamente, algumas dúvidas que possa ter em relação a determinada doença. Na era da informação, ferramentas deste género poderão, de facto, potenciar a democratização de conhecimentos específicos.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Flock: Web 2.0


Na apresentação de uma ferramenta Web 2.0, o grupo escolheu o programa Flock. Este software, é um browser de redes sociais. É uma plataforma capaz de agrupar toda a informação de ferramentas que diariamente utilizamos, como o Hi5, Facebook, Twitter, entre outros. Este browser permite-nos ter várias páginas abertas em simultâneo, num único software. Assim, o utilizador consegue manter-se actualizado à medida que são redijidos novos posts, comentários ou qualquer tipo de novidade que se verifique na sua lista de contactos da rede social.

Para além disso, este browser apresenta uma "comunidade virtual"- outra das características da Web 2.0- a partir da qual o utilizador pode partilhar dúvidas e opiniões através de um fórum.

Para além destas características, ainda é possível mediante a digitação de uma palavra-chave, pesquisar sobre qualquer assunto relevante em todos os blogs e redes existentes, o que faz com que o utilizador perca menos tempo à procura de algo específico numa ferramenta como o Yahoo!.

Ainda no âmbito das características de Web 2.0, é possível escolher se queremos seguir vídeos recentes ou os mais procurados, quer seja no YouTube ou numa outra plataforma que partilhe deste tipo de interactividade (descarregamento de vídeos).

O Flock é, assim, uma ferramenta que apela à criatividade, organização e actualização, fazendo com que possamos utilizar o nosso tempo de forma mais folgada.

Web 2.0

Todos os dias estamos em contacto com várias ferramentas web 2.0. Num acto natural e inconsciente raramente nos propusemos a olhá-las de forma diferente e reflectir sobre as oportunidades que nos trouxe.




Em primeiro lugar, é importante referir alguns aspectos e características desta nova forma de estar no mundo virtual, onde é possível criar e coloborar para a rede colectiva. De facto, o mais importante é o desenvolvimento de certas ferramentas para que os efeitos da rede se tornem mais auto-suficientes e inteligentes enquanto mais usados pelas pessoas .




No artigo ao jornal Le Monde Castells refere que "(...) embora o mundo afirme não ter mais confiança nos governos, nos dirigentes políticos e nos partidos, a maioria da população ainda insiste em acreditar que pode influenciar aqueles que a representam. Ela também crê que pode agir no mundo através da sua força de vontade e utilizando seus próprios meios. Talvez essa maioria esteja começando a introduzir, na comunicação, os avanços extraordinários do que eu chamo de Mass Self Communication (a intercomunicação individual)(...)" Castells in http://diplo.uol.com.br/2006-08,a1379



Outra característica não menos importante da web 2.0 refere-se à confiança que os utilizadores depositam nos sistemas operativos com qual trabalham, como utilizadores e co-programadores. Efectivamente, aos nos tornarmos nós próprios construtores de conteúdo estamos a desenvolver uma inteligência colectiva, na medida em que esses conteúdos são espalhados e desenvolvidos virtualmente.

O constante desenvolvimeto de aplicativos gerou novas formas de contacto e interactividade como fóruns de discussão, concursos, personificação de conteúdos, a ideia de estar longe mas perto, interfaces de utilizador, constando que, a linguagem e ferramentas da web 2.0 caracterizam-se por serem apelativas e interactivas.


Ciberjornalismo


Já que falamos de ferramentas web 2.0, será importante fazer uma especial referência a este novo modelo de jornalismo que se apresenta na nossa sociedade desde da sua implementação em 1995-1998 até ao momento de Boom do ano 2000, sendo marcado por alguma estagnação nos anos seguintes.


Este novo " media" gerou já alguma problemática, na qual se defende, por um lado, o uso e o avanço tecnológico, e por outro lado a repercursão que os jornais tradicionais comprados no sítio do costume viriam a ter. Podemos afirmar que esta temática poderá gerar uma discussão pertinente sobre o uso e não-uso destas novas ferramentas com que nos deparamos. Conclui-se que a obtenção de informação fácil e rápida sobrepõe-se ao já velho hábito de adquirir os tradicionais jornais e revistas.


quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Novos educadores: Media


O uso das tecnologias na sala de aula tem um impacto expressivo sobre a tradição escolar. Esta tradição perde terreno em função dos novos media. A sociedade tem um carácter multicultural e a educação precisa de estar atenta a constantes mudanças culturais, entre estas as tecnologias. É necessário aproveitar uma criatividade digital para fomentar um interesse em matéria educacional. Os recursos, como a internet e a televisão estão presentes, hoje em dia em praticamente todas as classes socias, mas isso não é suficiente. Canclini, aborda no seu livro "Culturas Hibridas: Estratégias para entrar e sair da Modernidade" que cada vez mais o estado dá maior atenção ao lado tradicional da cultura, enquanto que as empresas privadas são "responsáveis" pela nova cultura moderna. A nossa política afirma que as escolas se estão a adaptar às novas tecnologias, o que, em parte, pode ser verdade. Contudo, a maioria dos professores tradicionais não tem acesso a esses equipamentos nem os sabe utilizar.

Tem que existir um enfoque em relação aos professores, para terem uma ferramenta que lhes permita incentivar os mais jovens.


As questões que colocamos são:



  • Até que ponto é que a educação tradicional é mais eficaz que a moderna?


  • Em que medida a Comunicação Digital nos media provoca uma aprendizagem educacional mais profunda?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Tecnologia vs Ser Humano (comentário ao artigo da Pública)

De que modo é que as novas tecnologias interagem com o Ser Humano, a ponto de contribuírem para o desenvolvimento de um novo estádio civilizacional do mesmo?



O ritmo alucinante da vida contemporânea faz com que sejamos, constantemente, bombardeados por quantidades de informação em dose industrial, tornando-se complicado conseguir discernir o essencial do acessório. Todos sabemos ser impossível processar a totalidade de informação que nos rodeia, sendo necessário fazer uma selecção adequada da mesma, filtrando-a de acordo com os critérios de cada um. Porém, é também sabido que o ser humano comum apenas utiliza uma pequena percentagem do seu cérebro, tendo em conta toda a capacidade cognitiva que se encontra latente na sua caixa craniana. Existem determinadas partes do cérebro que se encontram adormecidas, aguardando por um estímulo eficaz que as faça despertar da dormência.



Ora, as gerações que viveram no início do século passado nunca se viram forçadas a assimilar tanta informação em simultaneo. Posto isto, é natural que, cada vez mais, saibamos lidar com vários estímulos exteriores sincronizados, cortesia de uma longa exposição tecnológica.Vejamos a grande capacidade de informação visual que a televisão ou a internet nos proporcionam, sendo, ainda assim, possível ler um tradicional jornal em simultâneo. Quem não o faz hoje em dia? Estaremos melhor preparados para uma realização, eficaz, de multitasking em relação aos nossos avós? Sem dúvida! Como animais que somos, também nós nos vamos adaptando ao meio consoante a necessidade. Selecção natural, como diria Darwin? Certo é que existem partes do cérebro, outrora adormecidas,que estão a ser sobre-estimuladas. Naturalmente que isto terá os seus efeitos na nossa capacidade cognitiva...



Peguemos no exemplo das crianças hiperactivas,as quais demonstram sérias dificuldades em se conseguir concentrar, ou seja, padecem de uma espécie de défice de atenção. Pensemos agora na resposta que , regra geral, a sociedade apresenta para combater este tipo de comportamento - já que o considera bastante problemático: "dopar" os rebentos com Ritalin, de forma a controlá-los. Segundo um artigo da revista Pública, que conseguiu reunir alguns dos vários estudos que se têm feito nesta área - a nível nacional e internacional -, este milagroso medicamento é um «fármaco da família das anfetaminas" utilizado para medicar «o que agora se chama por cá Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção».



Estarão os pais predispostos a tentar compreender a natureza de seus filhos? No referido artigo é citada uma especialista que, a propósito desta questão, afirma:



«Existem competências que estão a ser hiperestimuladas e não podemos esperar que sejam as outras que triunfem. Seria quase como se estivéssemos a trabalhar a musculatura das pernas para desenvolver os braços.(...) Muitos destes miúdos (...) serão tendencialmente mais receptivos a tudo o que os rodeia do que nós fomos, podendo estar assim mais aptos a lidar com a enorme quantidade de mensagens que inundam o quotidiano. Têm também (...) uma enorme coordenação visual-motora, como o demonstra a sua perícia em instrumentos quase impraticáveis para os adultos, como são os game boy".



Para uma nova era, novas capacidades, veja-se o caso das crianças indigo e cristal, dotadas de uma sensibilidade mais refinada, segundo defendem alguns teóricos. O que é certo é que: as gerações mais novas são bastante mais sensíveis ao pulsar multinformativo, do que os seus pais alguma vez foram. São seres diferentes, com capacidades diferentes, neste "novo mundo" em que, cada vez mais, assistimos a uma mutação permanente.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

" Tudo o que é mau faz bem". Steve Johnson



Antes de nos remetermos à questão essencial do texto de Steve Johnson, é importante perceber que a sociedade sofreu mudanças bastante significativas relativamente à ideia de Cultura Popular. O autor defende que a definição de Cultura Popular "(...) Não está presa a uma espiral descendente de deteriorização de padrões(...) "
Actualmente, o conceito de cultura popular banalizou-se e modernizou-se, separaram-se questões de estratificação social, e hoje a necessidade de " lavagem de espírito" tornou-se primordial para o indivíduo.
Na verdade, a Cultura Popular está mais complexa e mais exigente , com o objectivo de exercitar a nossa mente.
Mcluhan diz-nos que os media são extensões do homem. Nesta " galáxia" onde vivemos a troca constante de informações e a interactividade meio-mensagem, faz-se rapida e inconscientemente, reforçando e exercitando a capacidade cognitiva.
A " curva de sleeper", é então uma força necessária para um desenvolvimento equilibrado do intelecto, embora à superficie o indíviduo se apresente aparentemente inerte, a sua mente adquire novos contornos.
No presente texto o autor aborda a problemática existente entre a leitura e os jogos de vídeo, partindo do princípio de que os livros são tecnologicamente mais avançados em relação aos jogos de video :"(...) Os livros criam um isolamento terrível, enquanto, durante muitos anos, os jogos obrigaram os jovens a estabelecer complexas relações sociais com os seus pares, construindo e explorando mundos em conjunto(...)"
Efectivamente, esta afirmação faz todo o sentido se o contexto for o século XX. Por um lado, a leitura desenvolve as nossas faculdades de compreensão e escrita, no entanto não deixa de se tratar de uma actividade solitária em que o envolvimento relacional é pouco. Em última ánalise, entendemos que os jogos de vídeo podem não ser um mero interface de entertenimento mas também de desenvolvimento a nível visual e destreza manual.